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O inconsciente no cotidiano: entenda os padrões repetitivos

  • Foto do escritor: Cris Laurentino
    Cris Laurentino
  • 28 de out.
  • 2 min de leitura
Ilustração sobre o inconsciente e os padrões repetitivos na psicanálise e psicologia
O inconsciente em nossas ações

Muitas das nossas atitudes, escolhas e emoções não são fruto apenas da razão ou da vontade consciente. Elas estão profundamente ligadas ao que Freud chamou de inconsciente, uma dimensão psíquica que guarda desejos, lembranças e conflitos reprimidos, influenciando o modo como pensamos, sentimos e agimos. Entender essa dimensão é essencial para compreender por que repetimos certas situações ou reagimos de forma desproporcional.


O inconsciente e o cotidiano

Há situações na vida que parecem se repetir como um filme que insistimos em assistir de novo, sempre com o mesmo papel. Escolhas amorosas parecidas, conflitos recorrentes, esquecimentos “sem motivo” e até sonhos que retornam são expressões sutis do inconsciente em ação.

A psicanálise parte de uma ideia simples, mas profunda: não somos totalmente conscientes do que nos move. Existem desejos, medos e lembranças que permanecem fora do alcance da consciência, mas continuam influenciando nossas decisões e comportamentos. É como se uma parte de nós conduzisse a história enquanto acreditamos estar no controle do roteiro.


Lapsos, sonhos e comportamentos repetitivos

Os lapsos de linguagem — trocar nomes, esquecer compromissos importantes ou dizer o contrário do que se queria, são sinais do inconsciente. Eles revelam o que tentamos esconder até de nós mesmos. Já os sonhos, com suas imagens simbólicas e estranhas, trazem mensagens sobre desejos e conflitos não resolvidos. Quando os olhamos com curiosidade, abrimos espaço para compreender as emoções que insistem em voltar.

As repetições de comportamento são talvez as mais sutis e desafiadoras. Muitas vezes, voltamos aos mesmos lugares emocionais, escolhemos parceiros semelhantes, reagimos da mesma forma diante de certas situações. Freud chamou isso de “compulsão à repetição”, uma tentativa inconsciente de reviver o passado para dar a ele um novo sentido.


O papel da psicanálise

É na análise que essas repetições ganham voz e significado. Ao falar livremente, diante de alguém que escuta sem julgamentos, começamos a perceber padrões, conexões e sentidos ocultos. O que antes parecia coincidência ou azar pode revelar-se como uma busca inconsciente por elaboração e liberdade. Nesse processo, o inconsciente se torna consciente, e a vida, pouco a pouco, se torna mais leve e autêntica.

O trabalho analítico não é sobre eliminar o inconsciente, mas escutá-lo com atenção. É compreender o que está por trás dos gestos automáticos, das escolhas que doem, dos sonhos que insistem em retornar. É um convite a conhecer-se com mais verdade, compaixão e presença.


Se você percebe que certos padrões se repetem em sua vida, talvez seja hora de escutar o que o inconsciente tem a dizer.


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Cris Laurentino, MSc.

Psicanalista Clínica

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